Oi, queridos! Tenho andado sumida, não é? A vida corrida me impediu de vir prosear por aqui, mas já estou de volta. Tentarei postar ao menos três vezes na semana :)
Era sábado à noite, estava frio, como todo começo de junho. Vesti uma roupa confortável e pus aquele casaquinho básico. Arrumei meu cabelo ruivo e fui pro portão. 

Antes de abrir, ouvi duas pessoas discutindo em um tom razoavelmente preocupante. Fucei pelo olho mágico e só reconheci o moço. Era um velho amigo de infância, que eu já não tinha contato há uns 12 anos. O reconheci porque ele ainda tinha a mesma carinha sapeca e carregava aquela cicatriz feita numa noite estranha pelo seu pastor alemão desavisado.
Talvez ele estivesse um pouco mais gordo e com umas linhas de expressão que a vida brinda a gente.

A discussão acabou e a moça que estava a discutir com ele foi embora. Abri o portão e sai. Ele já não estava mais na rua. Fiquei preocupada, mas segui para o meu destino: a lanchonete da esquina.
Enquanto esperava pelo meu pedido, ele apareceu lá fora. Conversava com o senhor que vende pipoca no carrinho.

O observei de longe, me impressionei ao ver o quanto tinha mudado! Olhei pra sua mão esquerda e ele segurava um cigarro. Me entristeci ao lembrar de quando falávamos que nunca nos envolveríamos com esse tipo de coisa (...) nós brincávamos juntos dançando "É o tchan", assistíamos Disney Cruj, íamos para o clube de piscina, ao parque, praia. Ele até caiu do beliche de minha casa e quebrou o nariz, rsrs.
Lembrei quanto sacrifício os avós fizeram para criá-lo. Ele nunca foi o menino mais quieto da rua, mas andava na linha. Eu sabia que existia uma mágoa em relação à mãe e ao pai dele, que o deixaram para ser criado pelos avós, mas o que o levou a experimentar o primeiro cigarro é um enigma para mim.

Fui covarde e não fui até ele. Tive medo dele não me reconhecer e de parecer uma intrusa, afinal, nós não éramos mais aquelas crianças. Muita água já havia rolado.
Só continuei observando, enquanto ele tragava o maldito cigarro. Só observei. Eu só observei.

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há quanto tempo não venho conversar com você?!
Eu tinha desistido disso desde que sofri minha primeira desilusão. Me achava uma bobinha por vir te contar cada detalhe e no final ver que tudo deu errado. Com raiva, te rasguei inteiro. Não queria nem uma pequena lembrança que me trouxesse aquele carinha à mente. Me desculpe. A culpa não era sua.
Anos passaram e nunca mais te contei nada, mas isso muda hoje.
Nesse fim de semana eu encontrei o carinha mais lindo do mundo. O observei de longe. O vi abraçar uma jovem senhora e fazer cafuné em sua cabeça. Penso que era a sua mãe. 
Ver aquela cena me despertou interesse.
Ele não seguia os padrões de beleza da mídia. Não era loiro, nem tinha olhos claros, mas algo nele me encantou.
Não sei seu nome, nem onde mora. Só sei que quero vê-lo mais vezes. Como farei isso? Ainda não sei.
Uma amiga disse que o conhece "de vista" e que irá colher mais informações. Ah, me sinto uma garotinha de 14 anos mandando recadinho pelas amigas, rsrs. Mas não é bem assim.

Sinto borboletas no estômago só de imaginar o que escreverei aqui nos próximos capítulos.
Torça por mim.

Com amor,
eu.
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Era uma vez uma ruivinha sardenta que tinha como melhores amigos os seus vizinhos. Dois deles eram irmãos e moravam na casa vizinha do lado direito. Eles eram muito amigos mesmo. Até seus pais eram assim. 
O outro amigo morava na casa do outro lado da rua. Juntos, os quatro pintavam e bordavam, mesmo ela sendo a única menina no meio deles.
Foram criados juntos, praticamente. Brincaram, brigaram, choraram, sorriram, cresceram juntos. Tudo de forma muito inocente.
Os anos passaram e a ruivinha sardenta virou uma mocinha sardenta e magrela. Os molequinhos tornaram-se meninos adolescentes, magrelos também. Continuavam amigos, como sempre. 
As brincadeiras de criança foram diminuindo e sendo substituídas por jogos como "verdade x consequência".

Em um desses jogos, junto com toda a galera da rua, a sardenta descobriu que havia um interesse particular entre ela e o irmão mais novo que morava na casa vizinha do lado direito. Talvez ela já tivesse olhado pra ele com outros olhos, mas nem havia percebido.
O jogo terminou e todos foram para suas casas, mas a sardenta dava suspiros involuntários, imaginando como seria se os dois ficassem juntos.
Não demorou muito para eles começarem a sentir vergonha de estar frente a frente. Nada havia acontecido, mas era como se estivesse estampado na cara deles e todo mundo risse disso.

Numa outra noite, foram brincar de "pêra, uva, maçã, salada mista"... é, aquela música da Xuxa. E adivinha o que caiu na vez deles? Sim, salada mista. Seria o primeiro beijo dos dois. Todos estavam fazendo aquela bagunça, chamando atenção de quem passava por perto.
Tudo parecia correr bem, mas na hora H, a sardenta amarelou e saiu correndo pra casa. Deixou o pobre menino no vácuo.
Que vergonha ela sentiu. Talvez não fosse o momento certo para os dois. Ela entrou em casa e correu direto pro quarto. Estava passando Chiquititas, uma cena onde o Mosca beijava a Vivi.
O arrependimento bateu e ela pôs na cabeça que não iria perder a próxima oportunidade, se o menino ainda estivesse disposto, né?
Dias depois a oportunidade apareceu, mas conto isso em outro post.

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... quando estamos sozinhos em casa

  • Colocar aquela música/banda que adoramos e deixar tocar bem alto;
  • Cantar e interpretar junto com a música;
  • Usar escovas de cabelo/controle remoto como microfone para auxiliar os tópicos acima;
  • A cama é sempre o melhor palco. Então, não dispense;
  • As roupas e acessórios da mãe sempre serão o melhor figurino;
  • Arrumar a casa assim é ótimo;
  • Fazer aqueeela comidinha que você adora;
  • Não esquecer de fritar batatinhas só pra você;
  • Se jogar no sofá e passar o dia vendo filmes e séries, acompanhada de um bom chocolate;
  • Arrumar toda a bagunça antes que os pais voltem, hahaha.
E aí, gostaram da listinha? 
O tema deste post foi sugerido no grupo Irmandade das blogueiras, na blogagem coletiva do mês de maio. 
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Realmente estou amando escrever aqui. Já acordo empolgada, querendo aquecer meus dedos no teclado. O blog recebeu muitos elogios. Estou contentíssima com isso. Muito obrigada, gente!
Quando vamos chegando ali na pré-adolescência é comum vermos nossos amiguinhos e amiguinhas mudarem o comportamento. Logo a brincadeira de casinha é deixada de lado e os primeiros suspiros de "amor" vão aparecendo. Aquelas risadinhas dentro da sala de aula quando o tal fulano entra. As bochechas vermelhas e o coração que de tão acelerado quase sai pela boca. Sim, esses são os primeiros sintomas de paixonite adolescente.

Mas e quando suas amigas são mais adiantadas do que você? E quando você se sente a esquisita do clubinho, só porque ainda não entrou nessa fase? E quando a sua vontade ainda é brincar de boneca, montar e desmontar a casinha?
As amigas nem sempre compreendem. Muitas vezes fui chamada de criança... não que isso fosse ruim, mas na época sentia como ofensa porque, de fato, era dito pra ofender.
Até de pessoas mais velhas eu ouvi um "tu não tem mais idade pra brincar de boneca não. Não tem vergonha?"
OI? COMO ASSIM? Onde foi escrito e sancionado que após a idade x a pessoa não pode mais brincar? Em que lei fala que é terminantemente proibido não ter paixonite quando todas as suas amigas já tem?! Mundo louco.
Sempre achei um absurdo ter que me moldar às pessoas ao meu redor. Poxa, eu só tinha 12 anos. Queria brincar, sim. Até hoje ainda quero, é verdade. Mas eu vacilei pois, pra não me sentir o patinho feio, fui levada a deixar de lado as brincadeiras de boneca. Você já se sentiu assim também?
Vem cá, me dá um abraço!
Se eu soubesse naquela época o que sei hoje, jamais teria abandonado meus brinquedos. Não teria entrado tão cedo no mundo do "amor". Teria poupado muito sofrimento desnecessário (ou não, né?) e teria aproveitado mais e melhor a minha querida e saudosa infância. 
Se você que está lendo este texto tem menos de 18 anos, aproveita sua infância e adolescência. Brinque e se divirta bastante. Deixe que os casos amorosos apareçam quando for a hora. Não apresse as coisas. Há tempo para tudo.
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